top of page

Prática Médica

Durante os séculos XIX e XX, a coca foi amplamente considerada como valiosa para a prática da medicina. Durante o século XIX, Sigmund Freud estudou a cocaína prescrevendo- aos seus pacientes e observou o seu efeito. Em 1884 é publicado o livro Über Coca para o tratamento de depressão, nervosismo, doenças digestivas, alcoolismo, vício de morfina e asma. Passado algum tempo é confrontado com inúmeras críticas por parte da comunidade científica, o que leva Freud a trabalhar o conceito de toximania no livro Fissura e Medo da cocaína. Neste aborda sintomas paranoides, alucinações e alteração física e mental provocada pela dita substância.


A cocaína foi também utilizada como anestésico local, por Karl Koller (1884), que provou as suas propriedades analgésicas no olho. Mais tarde, William Halsted começou a utilizar a coca em cirurgias oculares, desenvolvendo igualmente dependência. Em 1875, Jacob Mendes da Costa descreve o sucesso da administração de cocaína com as primeiras seringas hipodérmicas, que facilitavam a administração endovenosa da droga, sendo frequentemente utilizadas nas extrações de dentes. Em 1879 a cocaína começa a ser usada no tratamento de dependência de morfina.

Referências bibliográficas:


[2] Stolberg VB (2011) The Use of Coca: Prehistory, History and Ethnography. Journal of Ethnicity in substance abuse 10:126-146
[3] Valverde AL, Vicente JD, Cutando A (2011) The surgeons Halsted and Hall, cocaine and the discovery of dental anaesthesia by nerve blocking. British dental Journal 211 (10):485-487

[4] ​Bos A (2006) The history of licit cocaine in the Netherlands. De economist 154(4):581-586
[5] Goldstein AR, Deslauriers C, Burda AM (2009) Cocaine: History, Social implications, and toxicity – A review. Dis Mon 55:6-38
[6] Karch SB (1999) Cocaine: history, use, abuse. Journal of the royal society of medicine 92:393-397

bottom of page