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Comunicação de Risco

1. O que é a cocaína?
A cocaína é um estimulante que é extraído da planta de coca (Erythroxylum  coca) que é originária da América do Sul. É extraída o alcalóide da planta sendo processado de modo a obter um pó de cloridrato de cocaína (inalada), base livre ou crack (formas fumadas).



2. Nomes vulgarmente utilizados
Coca, branca, branquinha, gulosa, Júlia, neve ou snow



3. Aspeto da cocaína

A forma mais comum é o cloridrato de cocaína sendo este um pó branco, cristalino e de gosto amargo. Outra forma comum da cocaína é a base livre que difere do crack por ser um pó branco em vez de cristais de varia em cor entre o branco e creme transparente com tom rosa ou amarelo. Frequentemente ao cloridrato de cocaína são adicionados diluentes como a lactose e glicose para aumentar o volume e o peso.


4. Como é usado

Geralmente o cloridrato de cocaína é inalado (“snifado”), podendo ser também injetado, mascado, ou ser adicionado à comida/bebida. A base livre e o crack são fumados.



5. Aplicação médica

Inicialmente utilizada como anestésico local, mas devido aos seus potenciais efeitos tóxicos foi abandonada.





6. Efeitos da cocaína:

A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central, ou seja, produz uma sensação rápida mas intensa de energia. Quando desaparece do organismo, o indivíduo sente-se deprimido, nervoso e ansioso necessitando de mais droga para se voltar a sentir bem (droga viciante).

Os efeitos provocados podem ser diversos, consoante a pessoa, podendo durar de minutos a horas dependendo da forma de produção de cocaína. Esta diversidade está relacionada com o peso/tamanho do indivíduo, a saúde mental da pessoa, a quantidade usada, a frequência de uso e a associação com outras drogas. O simples uso de cocaína, independentemente da dose, traz sempre consequências indesejáveis para quem consome.



Figura 19 - Pó de cloridrato de cocaína

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/drogas/imagens/cocaina-35.jpg

Doses baixas a moderadas:
Euforia
Sensação de bem-estar
Aumento da confiança
Sensação de aumento de força física 

Aumento da capacidade mental
Aumento do líbido
Ansiedade, agitação, pânico
Paranoia
Comportamento violento e agressivo
Estado de alerta
Maior facilidade de expressão
Aumento no desempenho de tarefas simples
Dilatação das pupilas
Boca seca
Aumento da taxa de respiração
Aumento da pressão arterial  
Redução do apetite
Aumento da temperatura corporal
Indiferença à dor e alívio da dor localizada.

Doses mais altas (overdose):
Ansiedade
Distúrbios de sono
Paranoia
Tremores e espamos musculares
Náuseas e vómitos
Pulso acelerado e fraco
Dor no peito
Ataque cardíaco
Insuficiência renal
Hipotermia
Convulsões
Aumento da frequência cardíaca e da temperatura corporal
Hemorragia cerebral
Acidente vascular cerebral
Podem em casos extremos provocar coma e morte.

7. Efeitos a longo prazo
A cocaína pode provocar insónia, exaustão, depressão, ansiedade, paranóia, psicose, distúrbios alimentares, perda de peso, disfunção sexual, hipertensão arterial e batimentos irregulares, sensibilidade à luz e ao som, alucinações, atrofia cerebral e dificuldades de raciocínio.

 

Quando é usada por inalação nasal, pode provocar danos no septo nasal (estrutura óssea que separa as narinas). Ao se fumar crack em doses tóxicas pode causar dificuldades respiratórias, tosse crónica, bronquite e outros problemas respiratórios. Ao ser injetada pode provocar vasoconstrição grave, impedindo a circulação sanguínea para os tecidos causando danos graves tecidulares.



8. Cocaína e outras drogas
Ao tomar cocaína com o álcool (potencial depressivo), o corpo tenta equilibrar estes efeitos opostos entrando em stress. O efeito cocaína juntamente com estimulantes como o ecstasy é potenciado aumentando o risco de overdose.



9. Diagnóstico

O diagnóstico completo não é feito no serviço de emergência do hospital. São necessários mais testes que são feitos após a admissão no hospital. O médico após avaliar os sintomas típicos provocados pela cocaína, fará um exame físico e alguns testes ao sangue, urina, radiografia ao tórax, tomografia computarizada, ressonância magnética e punção lombar 



10. Tolerância e dependência
A cocaína é extremamente viciante quando usada com frequência. Os consumidores de cocaína podem desenvolver tolerância, isto é, começam a ser necessárias doses cada vez maiores para a obtenção do mesmo efeito, bem como dependência física e psicológica tornando difícil deixar de usá-la.

 

Na dependência psicológica as pessoas sentem uma vontade incessante de voltar a tomar cocaína. Já na dependência física, o corpo habitua-se à acção da cocaína não conseguindo funcionar normalmente sem esta.



11. Prevenção do abuso da cocaína

É importante que especialmente em crianças ou pré-adolescentes que se encontram num ambiente familiar com história de vícios ou abuso de drogas que a prevenção comece desde cedo. A forma mais simples é começar a informar e a sensibilizar estes indivíduos para os riscos associados aos vícios de drogas, e ensiná-los a negar qualquer oferta. Só desta forma, é possível minimizar a disseminação destas práticas entre gerações futuras evitando o consumo de drogas e álcool.







Referências Bibliográficas:

[21] http://www.druginfo.adf.org.au/drug-facts/cocaine (acedido em 20-05-2013)
[22] http://www.emedicinehealth.com/cocaine_abuse/page11_em.htm#prevention_of_cocaine_abuse (acedido em 20-05-2013)

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